Com o decorrer do processo evolutivo, a capacidade visual humana tornou-se notoriamente aprimorada em relação aos demais animais. Isso possibilitou que o reconhecimento dos nossos similares não mais ocorresse por meio dos cheiros, assim como a maioria das alimárias, cuja habilidade de reconhecer odores é oriunda dos animais de hábitos noturnos, com baixa capacidade visual, dessa forma permitindo a identificação de seus similares quando o sentido da visão é demasiadamente reduzido.
Como a identificação dos semelhantes não mais passou a depender dos odores corporais, decorreu do processo evolutivo que essa identificação passasse a acontecer por características físicas únicas (pontos de referência). A partir da formação de aglomerações humanas, tornou-se possível o desenvolvimento da região cerebral do córtex temporal inferior (Fusiform face area), isso possibilitou a identificação e a distinção de objetos e seres similares (capacidade de identificação).
O processo de reconhecimento de objetos e formas a princípio pode não se mostrar como algo revolucionário, porém, traduzir essa capacidade para códigos a serem executados por uma máquina sem que haja qualquer interferência humana no procedimento, não acontece com a mesma simplicidade. É necessário transcrever essa capacidade para medições objetivas passíveis de execução artificial.
A partir do desenvolvimento tecnológico, permite-se realizar uma análise e um mapeamento de pontos de referência em imagens, transformando-os em valores numéricos. Com esses valores, torna-se possível comparar as medições com bancos de dados de indivíduos previamente identificados e, uma vez que o processo de cruzamento de informações retorne um match, a identificação é feita.
Tecnologia de reconhecimento facial consiste, portanto, em estabelecer pontos em imagens de faces, estabelecendo valores numéricos associados à distância entre eles. Esses valores referentes às medições feitas são então cruzados com um banco de dados.
Caso a busca pelos valores associados às medições encontre resultados associados, indica-se então que houve uma identificação positiva daquela face, caso contrário, o rosto não fora encontrado na base de dados, indicando que aquele indivíduo não foi possível de identificar.